Ia pra praia sempre sem chinelo
E tinha o peito do pé amarelo
A sola grossa era feito um pneu
Corria sempre muito mais que eu
Andar na pedra, mulek, em cima da pedra
O novo som vem da lapada do povo falando merda
Porque a planta do pé dói mais quando pisa na pontuda
Escolho a mais redonda que chama pedra buchuda
Caminha pela trilha que leva por outra trilha
E lá você vai ver a queda d'água e que senhora queda
Lhe peça pra limpar o mau que a tanto tempo assola a terra
Pra saber só quem erra que sangra o pé na subida da serra
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Segura onda, menina, levanta a saia
Eu fico louco ela me enrola e me ensina o rumo da praia
é que o pintor falou que o lado do quadro não tá pra cima
Conserta que isso é mal da parede que contamina
Mais feio que chinela havaiana a farda de cana é brega
O mato vai crescer no samanda que ali nao pega
Rumando a rocha eu sigo a dobra
E deixo a onda vir como ela vier
Agua me leva e é nisso que eu ponho fé
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Andar na pedra que cê seca o pé
Andar na pedra nêga
Carcaça grossa deixa a marca no chão
Writer(s): Rodrigo Campos, Rodolfo Abrantes, Jose Pereira
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