Amamos e perdemos, sem saber
Se o que amamos merece tanta dor
Ou se amar é apenas aprender
Que perder é uma das formas do amor
Morremos para os mortos que nos matam
Vivemos a tentar ressuscitar
E aprendemos nas mãos que se desatam
Que permanecer não quer dizer ficar
Já sabemos, em tudo que tentamos
Que não sabemos de amor senão tentar
E aprendemos que quando desprezamos
Estamos apenas a renunciar
Entre tanta tentativa e tentação
Cegos de luz e cheios de pavor
Só nos resta tomar a decisão:
A morta rápida ou o longo amor!