Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor e tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos Sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tao só
É a própria fé o que destrói
Estes sao dias desleais.
Sou metal - raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal: me sabe o sopro do dragão.
Reconheço o meu pesar:
Quando tudo é traição
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra
É a terra que é minha
E sempre será
Minha terra
Tem a lua, tem estrelas e sempre terá
II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentido
Olha o sopro do dragão.
III
É a verdade o que assombra,
O descaso o que condena,
A estupidez o que destrói.
Eu vejo tudo o que se foi
E o que não existe mais.
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
E sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos
Sou metal - raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal: me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
IV
Tudo passa, tudo passará
E nossa estória, não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer.
Não olhe para trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos.
Writer(s): Eduardo Dutra Villa Lobos, Marcelo Augusto Bonfa, Renato Manfredini Junior
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