Madrugada Lyrics

Lyrics
Dos que morreram sem saber porquê,
Dos que teimaram em silêncio e frio.
Da força nascida no medo
E a raiva à solta manhã cedo
Fazem-se as margens do meu rio.

Das cicatrizes do meu chão antigo
E da memória do meu sangue em fogo.
Da escuridão a abrir em cor,
Do braço dado e a arma flor
Fazem-se as margens do meu povo.

Canta-se a gente que a si mesma se descobre
E acorda vozes, arraiais.
Canta-se a terra que a si mesma se devolve
Que o canto assim nunca é demais.

Em cada veia o sangue espera a vez,
Em cada fala se persegue o dia.
E assim se aprendem as marés,
Assim se cresce e ganha pé
Rompe a canção que não havia.

Acordem luzes nos umbrais que a tarde cega,
Acordem vozes e arraiais.
Cantem despertos na manhã que a noite entrega
Que o canto assim nunca é demais.

Cantem marés por essas praias de sargaços,
Acordem vozes, arraiais.
Corram descalços rente ao cais, abram abraços
Que o canto assim nunca é demais.
O canto assim nunca é demais.
Was als nächstes?

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Duarte Mendes - Madrugada
Quelle: Youtube
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